terça-feira, 12 de abril de 2011

BOM DIA – 17/03/2011

BOM DIA – 17/03/2011 32


A mesma manhã, tão mágica,
que eu levanto vendo flores,
se não faço um verso, é trágica,
os versos são meus amores.

A tarde, no seu quebranto,
tendo a luz quase apagada,
se me vem um verso eu canto,
faz-se em mim nova alvorada.

As estrelas, que tão belas,
nessa abóboda tão linda,
se eu faço um verso, são elas,
muito mais belas ainda.

A noite, a tarde, as manhãs,
transformam-se em melodia,
e apesar das minhas cãs,
de um verso eu faço um BOM DIA.


A MÚSICA DA VIDA


Ao dedilhar a música da vida,
Neste velho instrumento empoeirado,
Ouço da infância, o som leve e dourado,
Que acorda cada corda envelhecida.

Trazendo o novo em som desafinado,
Logo depois, intrépida, atrevida,
Julgo escutar a voz bem percutida
Do moço – afoito, belo, iluminado!

E o tempo vai passando e eu vou tocando,
Imerso no meu sonho, delirando!...
Chego a sorrir na pauta percorrida;

Mas desperto ao final e me surpreendo,
Porque eu estou me ouvindo e estou me vendo
Tocando a marcha fúnebre da vida.

Nenhum comentário:

Postar um comentário






"Posso todas as coisas naquele que me fortalece"