quinta-feira, 21 de abril de 2011

BOM DIA – 11/04/2011

Eu estou, (é bem cedinho)
sentado aqui no meu canto,
onde eu faço com carinho
meus versos quando levanto.

Eu não sei por que razão,
não me ocorre nenhum tema,
nem pra fazer um refrão,
muito menos um poema.

Conspiram pra que eu padeça
de falta de inspiração!
eu não sei se é a cabeça
ou se é mesmo o coração.

Mas vou ficar matutando,
mesmo de alma vazia,
quem sabe, não vem plainando
e cai pronto o meu BOM DIA?

CASMURRO

Fechado em si, jogou a chave fora,
Pra não tentar consigo mesmo abrir-se;
De olhar quase gelado, ao consumir-se,
Nem mesmo empalidece, ou mesmo cora.

Nunca se sabe o que não gosta ou adora;
A tez é macilenta, a confundir-se –
Mesmo a chorar ou até mesmo a rir-se –
Com a face cuja alma foi-se embora.

Num túmulo ou sarcófago ele guarda
Envolta e abscôndita , sua alma
Com a mais inconfessável das paixões;

E por mais que lá dentro a dor lhe arda
Conserva na aparência a fria calma,
A calma enganadora dos vulcões.

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"Posso todas as coisas naquele que me fortalece"