BOM DIA! – 21/09/2011
Raymundo de Salles Brasil
Quando eu vejo na calçada,
Um ser humano estendido,
Assim como fosse um nada,
Na miséria, sucumbido,
Eu sinto uma dor estranha,
E esta dor é tão tamanha,
Que me faz até chorar;
Mas sem ter a faca e o queijo,
Frustrado fica o desejo,
De socorrer e ajudar.
Por isso hoje eu canto loas
Ao plano da Presidente,
Que uma dessas coisas boas
Colocou na sua mente:
Erradicar a miséria,
Como, talvez, a mais séria
De nossas questões de agora,
Pois é tristeza sem nome,
Ver gente passando fome
E rico jogando fora.
Árvore
Raymundo de Salles Brasil
Abrigas, sem vaidade, a tantos quantos,
Vindos de lutas, buscam refrigério;
Não cobras um real por serem tantos,
Não usas esse sórdido critério.
Ao que sorri feliz, ao triste, ao sério,
Dás, a todos, os mesmos acalantos...
És um delubro puro e sem mistério,
Templo das alegrias e dos prantos.
E ainda dás o fruto ao que tem fome,
Sem sequer perguntar nem mesmo o nome
Ao cansado e faminto repousante.
Oh! Árvore! tu és, não só um templo,
És, também, um belíssimo exemplo
De bondade - frondosa e verdejante!
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