Lembrando fico, às vezes, do
passado,
De coisas que se não cogitam
mais,
De coisas boas, que esse tempo,
alado,
Levou pra longe e nem deixou
sinais.
Isso é saudade? – Sim, não é
pecado,
São lembranças que saltam dos
anais
De minha história, quando fui
moldado,
Lembranças de meu tempo de rapaz.
Ouviam-se cantar canções nas
praças,
Violões choravam de paixão nas
ruas,
E moças suspiravam nas vidraças.
E a lua muito linda, cor de
prata,
Molhava de sereno as cordas nuas
De um violão choroso em serenata.
Pitanga, 19/02/2015
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