sábado, 26 de agosto de 2017

SERENATA



Lembrando fico, às vezes, do passado,
De coisas que se não cogitam mais,
De coisas boas, que esse tempo, alado,
Levou pra longe e nem deixou sinais.

Isso é saudade? – Sim, não é pecado,
São lembranças que saltam dos anais
De minha história, quando fui moldado,
Lembranças de meu tempo de rapaz.

Ouviam-se cantar canções nas praças,
Violões choravam de paixão nas ruas,
E moças suspiravam nas vidraças.

E a lua muito linda, cor de prata,
Molhava de sereno as cordas nuas
De um violão choroso em serenata.
Pitanga, 19/02/2015

                                                                                                                                         

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"Posso todas as coisas naquele que me fortalece"