Pequena e bruta, uma pepita rara,
Uma pedra preciosa de valor,
Ao garimpeiro espanto lhe causara
Mas era indecifrável o seu teor.
Para ser revelada em jóia cara
Ou em pedra defeituosa e sem primor,
Não depende da ganga onde a ceifara
Quanto do gênio do lapidador.
Assim pode também uma criança
Vir a tornar-se, ou não, em pedra rara.
Mas se achar quem lhe dê uma esperança,
E lhe fizer ouvir de Deus o sopro,
Seu coração é a pedra de Carrara
E a palavra santa de Deus – o escopro.
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