segunda-feira, 6 de setembro de 2010

AS CONTAS DO MEU ROSÁRIO

Tudo que um poeta escreve ou guarda na memória
São pérolas que abrigam todo seu segredo...
Umas ficam guardadas no porão do medo,
Outras são foscas, e outras vão brilhar na glória.


Talvez, de poeta eu seja um simples arremedo,
Mas sei que há no meu sangue um gene com essa história;
E se não nasce um rei da plebe ou da escória
O poeta traz no sangue o fungo, este levedo,


Que faz de uma palavra um verso, ou mesmo um poema,
De pequeninas gotas de orvalho um diadema
Ou de morrer de amor somente o seu fadário.


Na minha timidez, aqui no meu recanto,
Mesmo que sejam foscas, muita vez me encanto
Com estas contas, que eu conto aqui, no meu rosário.

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"Posso todas as coisas naquele que me fortalece"