domingo, 19 de setembro de 2010

A LÁGRIMA DE DEUS

Como se fosse a lágrima pingente,
Que rolasse dos olhos marejados
De Deus, a estrela pálida cadente
Que eu vi descer dos céus iluminados,


Fez-me pensar na dor de um Deus clemente,
Que viu, na cruz, os membros lacerados
Do filho amado, único e inocente,
Para salvar os homens dos pecados.


E hoje, depois de quase dois mil anos
De tanta espera e tantos desenganos
Fica Deus ainda mais cheio de mágoa;


Contemplando o seu mundo com tristeza,
Vê nas ações dos homens a vileza,
E fica, então, com os olhos rasos d’água.

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"Posso todas as coisas naquele que me fortalece"