Faz algum tempo já, amigo-irmão,
Que tento te fazer um bom soneto
Que sairá, por certo, eu te prometo,
Com as rimas mais fiéis do coração.
Confesso que “perdi a embocadura”
No trato com a tal composição,
Eu que outrora dela lancei mão
E que não fiz, assim, tão má figura.
Há dias, meu exímio sonetista,
Quero louvar o teu grande talento
E tua alma gentil de belo artista
Do verso, cantador de bens e males,
E proclamar, num arrebatamento:
Bom mesmo de soneto é o Velho Salles.
Antônio Mesquita
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