Primorosamente belo
o mundo que Deus nos deu!
Eu não me canso de vê-lo,
não sei como existe ateu.
Que lindo, um rio correndo,
uma fonte borbulhando,
uma angélica nascendo,
um papa-capim cantando,
pingos de chuva caindo,
majestoso, o sol brilhando,
a margarida se abrindo,
o mar sonoro espraiando,
a cabeleira das selvas,
neste Amazonas gigante,
as cachoeiras, as relvas,
um riacho murmurejante,
os grãos de areia juntinhos,
formando um lençol na praia!
Um bando de passarinhos
vendo a tarde que desmaia,
se recolhe, vai dormir
mas quando o primeiro pia,
vejo que é hora de vir
desejar o meu BOM DIA.
A UMA VELHA MANGUEIRA
Eu tenho no quintal uma mangueira,
Não fui eu quem plantou, é muito antiga,
Mas parece-me a mim ainda fagueira,
Se a passarada chega e ali se abriga.
É árvore frondosa, parideira,
Já deu milhões de frutos sem fadiga,
E até hoje nos olha sobranceira,
Mas, generosa, acolhedora e amiga.
Difícil ser assim, não é verdade?
Assim como essa árvore – a mangueira –
Se dando sem cobrar, a vida inteira,
Com tanto amor e tanta dignidade,
Sem achar que fez tudo, que já basta,
Sem olhar para credo, cor ou casta.
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