sábado, 8 de janeiro de 2011

LÁGRIMAS

Como se fossem pérola, saíam
Lágrimas doloridas dos seus olhos
E pelas faces negras escorriam
Como se fossem rios lavando escolhos.

Trêmulos os seus lábios refletiam
A intensa dor contida em seus refolhos
Olhando as esperanças que se iam
Como se joio – requeimado aos molhos.

Todos os seus desejos e quimeras
Como se fossem lixo, eram jogados
Às garras dos abutres e das feras

E aqueles olhos tristes e humilhados,
Passadas tantas décadas e eras,
Ainda hoje os vejo marejados.

Um comentário:

  1. De profunda sensibilidade sobre a alma humana e excelente métrica poética! Obrigado por compartilhar!

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"Posso todas as coisas naquele que me fortalece"