sexta-feira, 7 de outubro de 2011

BOM DIA! - 07/10/2011

Eu quis fazer um soneto

novo, pra dar BOM DIA,

saíu esse, em branco e preto,

se achasse cor, coloria:



MEU VERSO NU



Não sei se estou doente, ou se perdi meu estro,

Perdê-lo é morte certa, a mim ninguém me ilude,

É o que me faz fazer, é o que me torna destro,

E que pode levar-me alegre ao ataúde.



Não poderei viver feliz, se algum sequestro

Tirar de mim meu dom, tirar-me esta virtude,

Se a musa se evadir de mim serei canhestro,

Não daria ao meu verso o som que sempre pude.



E foi pensando assim que um verso eu fui tecendo,

O primeiro quarteto, o fiz nessa viagem,

Fiz o segundo e quase até que me arrependo.



Mas prossegui no intento, a ver se era miragem,

E o primeiro terceto flui, o vi nascendo,

E assim nasce o segundo – nu – sem camuflagem.

Salvador, 07/1020/11

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"Posso todas as coisas naquele que me fortalece"